O
bioma característico da serra é a caatinga, que por sua vez compreende
os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia e norte de Minas Gerais; ocupa uma
área aproximadamente de 800 mil km2, aproximadamente 13% do
território brasileiro. Trata-se do único bioma exclusivamente
brasileiro. O nome caatinga é de origem indígena e quer dizer “mata
branca”, que se refere ao aspecto que a vegetação assume durante a
estação seca, “quando caem as folhas da maioria das árvores e os troncos
aparecem esbranquiçados e brilhantes, dominando a paisagem” (Prado
apud MMA, 2009). A caatinga apresenta índices pluviométricos muito
baixos, em torno de 300 a 800 mm anuais, e delimita duas estações
bem-distintas: uma curta estação chuvosa de 3 a 5 meses e uma
longa estação seca que dura de 7 a 9 meses (Biodiversita,
2007). Embora possua razoável rede hidrográfica, esta é composta em sua
maior parte por rios temporários que correm apenas na estação chuvosa
(MMA, 2009). Muito rica em espécies vegetais e animais, sítios
arqueológicos e manifestações culturais, a caatinga, entre as regiões
semiáridas do planeta, trata-se daquela que tem a maior
biodiversidade.
A vegetação da caatinga engloba um grande número de formações e associações vegetais, fisionômica e floristicamente diferentes, devido as diferentes características edafoclimáticas que ela possui. Estudos têm mostrado que a região possui um considerável número de espécies endêmicas (cf. Andrade-Lima, 1982; Rodal, 1992). Além disso, a depender da fisionomia da caatinga, podem-se encontrar três estratos: arbóreo, arbustivo e herbáceo. Nestes, distribuem-se plantas com diferentes adaptações, tais como: folhas transformadas em espinhos, cutículas altamente impermeáveis, caules suculentos que armazenam água (cactos). Todas essas adaptações lhes conferem um aspecto característico denominado xeromorfismo (do grego xeros, seco, e morphos, forma, aspecto). A queda das folhas na estação seca e a presença de sistemas de raízes bem-desenvolvidos são duas adaptações para a sobrevivência de algumas espécies. A queda das folhas é uma adaptação para reduzir a transpiração e raízes bem-desenvolvidas aumentam a capacidade de obter água do solo. Espécies típicas da caatinga como o juazeiro (Zizyphus joazeiro) e umbuzeiro (Spondias tuberosa) raramente perdem suas folhas na época da seca, o que indica a existência de outros mecanismos de adaptação (Rodal, 1992; Sampaio, 2003).
Na fauna da caatinga, destacam-se os vertebrados com 148 espécies de mamíferos registrados, das quais 10 são endêmicas e 10 estão ameaçadas de extinção. Podemos encontrar um pouco mais de 348 espécies de aves, das quais 15 são endêmicas e 20 ameaçadas de extinção. Em relação aos répteis e anfíbios, das espécies registradas 15% são endêmicas. Ainda são registrados 185 tipos de peixes, dos quais 57,3% são de espécies endêmicas. A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), uma das espécies de aves mais ameaçadas de extinção no Brasil (estima-se que atualmente existam apenas cerca de 1000 indivíduos na natureza), é endêmica da caatinga baiana e encontra-se protegida na Estação Biológica de Canudos (Biodiversita, 2007). A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), ave endêmica do Brasil, cujos registros históricos se restringem ao extremo Norte do estado da Bahia, ao Sul do rio São Francisco, foi declara extinta pelo governo brasileiro (atualmente existem apenas exemplares em cativeiro), porém a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, uma vez que todas as áreas de habitat potencial não foram escrutinadas, a classifica como espécie em “estado crítico”, possivelmente “extinta na natureza” (Wikipédia, 2013)
A vegetação da caatinga engloba um grande número de formações e associações vegetais, fisionômica e floristicamente diferentes, devido as diferentes características edafoclimáticas que ela possui. Estudos têm mostrado que a região possui um considerável número de espécies endêmicas (cf. Andrade-Lima, 1982; Rodal, 1992). Além disso, a depender da fisionomia da caatinga, podem-se encontrar três estratos: arbóreo, arbustivo e herbáceo. Nestes, distribuem-se plantas com diferentes adaptações, tais como: folhas transformadas em espinhos, cutículas altamente impermeáveis, caules suculentos que armazenam água (cactos). Todas essas adaptações lhes conferem um aspecto característico denominado xeromorfismo (do grego xeros, seco, e morphos, forma, aspecto). A queda das folhas na estação seca e a presença de sistemas de raízes bem-desenvolvidos são duas adaptações para a sobrevivência de algumas espécies. A queda das folhas é uma adaptação para reduzir a transpiração e raízes bem-desenvolvidas aumentam a capacidade de obter água do solo. Espécies típicas da caatinga como o juazeiro (Zizyphus joazeiro) e umbuzeiro (Spondias tuberosa) raramente perdem suas folhas na época da seca, o que indica a existência de outros mecanismos de adaptação (Rodal, 1992; Sampaio, 2003).
Na fauna da caatinga, destacam-se os vertebrados com 148 espécies de mamíferos registrados, das quais 10 são endêmicas e 10 estão ameaçadas de extinção. Podemos encontrar um pouco mais de 348 espécies de aves, das quais 15 são endêmicas e 20 ameaçadas de extinção. Em relação aos répteis e anfíbios, das espécies registradas 15% são endêmicas. Ainda são registrados 185 tipos de peixes, dos quais 57,3% são de espécies endêmicas. A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), uma das espécies de aves mais ameaçadas de extinção no Brasil (estima-se que atualmente existam apenas cerca de 1000 indivíduos na natureza), é endêmica da caatinga baiana e encontra-se protegida na Estação Biológica de Canudos (Biodiversita, 2007). A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), ave endêmica do Brasil, cujos registros históricos se restringem ao extremo Norte do estado da Bahia, ao Sul do rio São Francisco, foi declara extinta pelo governo brasileiro (atualmente existem apenas exemplares em cativeiro), porém a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, uma vez que todas as áreas de habitat potencial não foram escrutinadas, a classifica como espécie em “estado crítico”, possivelmente “extinta na natureza” (Wikipédia, 2013)