O projeto opta por trabalhar a coleta de sementes e a produção de mudas
nas unidades familiares, pois as comunidades locais relatam que a
instituição de grandes viveiros e de bancos de mudas nessa região, em
geral, sobrecarrega as associações e são abandonados devido às
restrições hídricas (na seca, o uso da água por humanos e animais
sempre é prioridade), enquanto, nas unidades familiares, se o
armazenamento de sementes e a produção das mudas acontecem em escala
menor, estes são feitos em condições mais adequadas (a água
utilizada diariamente por moradores pode ser facilmente
reutilizada para manter esse número menor de mudas). Além disso,
entre as famílias, a gestão e a troca de sementes e mudas são feitas com
base em relações de solidariedade e vida comunitária, constituindo
assim uma dinâmica sociocultural em maior consonância com a identidade e
modo de vida dos agricultores e agricultoras das comunidades do entorno
da serra.